VIDA PESSOAL
Vilson Benedito de Oliveira, mais conhecido como Vilson Jaguareté, nasceu em 10 de abril de 1978 na aldeia Caieiras Velhas, município de Aracruz-ES, onde reside até os dias atuais. Filho de Vantuil Matias de Oliveira e de Irene Benedito de Oliveira. casado com Rosiane Neves Pereira, também indígena, e pai de dois filhos: Maria Eduarda de 20 anos, Nhrõ, de 15 anos, e avô de Luiz Henrique, de 5 anos.
Descende de três importantes clãs Tupiniquim: Benedito, Pereira e Coutinho. Deles herdou muitos saberes tradicionais tupiniquins e uma história de luta, dificuldades e preconceitos decorrentes do histórico processo de expropriação territorial sofrido pelos Tupiniquins. Seus antepassados foram expulsos de suas terras, ou limitados a sobreviverem em pequenas glebas, onde não era possível praticar suas atividades sociais, econômicas e tradicionais como extrativismo, caça, pesca e manifestações culturais e cerimoniais religiosas.Toda essa privação marcou sua infância.
Porém, todas essas dificuldades o tornaram mais forte e determinado a mudar esse cenário que foi imposto ao povo Tupiniquim e Guarani, o impulsionado a se tornar uma das mais importantes lideranças do povo Tupiniquim.
Embora sua força e determinação sejam marcantes. Vilson Jaguareté sempre prezou pelo diálogo e respeito pela pessoa humana, pela dignidade e pelo estabelecimento do respeito aos povos indígenas.
VIDA PROFISSIONAL
Vilson sempre se destacou na comunidade indígena de Aracruz como liderança. Entre os anos de 2001 a 2010 atuou como cacique da aldeia de Caieiras Velhas e como coordenador da Comissão de Caciques Tupiniquim e Guarani, onde lutou pela demarcação e organização do Território Indígena Tupiniquim e Guarani, Território Caieiras Velhas II e Território Comboios. Em 2010, foi indicado pela Comissão de Caciques para assumir um importante papel na estruturação e no fortalecimento da Território Tupiniquim e Guarani, na Coordenação Regional Minas Gerais e Espírito Santo da Fundação Nacional do Índio – FUNAI. Ali exerceu a função de Coordenador Regional Substituto e de Chefe da Coordenação Técnica Local de Aracruz, permanecendo até o ano de 2020, quando pediu exoneração para concretizar o anseio da comunidade e das lideranças indígenas em ter um representante no legislativo municipal.
Toda a sua história profissional o capacitou para resolução de conflitos e busca de alternativas. Foram muitas as vezes que atuou com discernimento e sabedoria. E este é o seu diferencial.
Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) há 14 anos, Vilson dará voz às lutas de muitos. Trabalhará por políticas públicas inclusivas, pelo combate ao preconceito e lutará para que todas as raças, etnias, gêneros, classes sociais, convicções políticas e religiosas, tenham voz ativa na construção de Aracruz.
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